25 de novembro de 2017

Biografia * Freud


Experiências próprias pontuaram sua obra, Sigismund Schlomo Freud, que passou a assinar Sigmund Freud, nasceu em 1856 em Freiberg, na Áustria, numa família judia de classe média que, três anos depois, se mudaria para Viena, onde Freud se formou em medicina. 

Seu interesse pela pesquisa, o levou a estudar Neuropatologia, em Paris e a se associar ao médico Joseph Breuer (1842-1925). 

Casou-se com Martha Bernays, com quem teve seis filhos. 

Experiências clínicas e pessoais, como a morte do pai, foram elaboradas por Freud como teoria Psicanalítica e apresentadas pela primeira vez de modo sistemático no livro, A Interpretação dos Sonhos (1900), ao qual se seguiram Psicopatologia da Vida Cotidiana (1904) e Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905). 

A obra de Freud adquiriu amplitude de temas em Totem e Tabu (1913) e O Mal-Estar na Civilização (1930). 

Acuado pelos nazistas, ele mudou-se com a família em 1938, para Londres, onde morreu no ano seguinte.

Abraços Fraternais

21 de novembro de 2017

O que são neuroses?

Neuroses são transtornos da afetividade que levam as pessoas a experimentar sentimentos e reações motoras incomuns e/ou incontroláveis, com perfeita conservação do juízo de realidade. Assim, um neurótico fóbico, pode sentir intenso medo ante uma situação, ou um objeto que ele saiba não representar nenhum perigo. Isto quer dizer que os neuróticos percebem e julgam a realidade como todo mundo, mas reagem a ela de forma diferente. Essa característica os distinguem dos psicóticos, que exibem uma alteração do juízo de realidade. Em termos clínicos, isso significa que os psicóticos em geral apresentam delírios e os neuróticos não.



O termo neurose foi cunhado pelo médico escocês William Cullen (1712-1790) para descrever uma série de afecções nervosas inespecíficas, que ele julgava serem orgânicas, mas se popularizou com as teorias de Sigmund Freud e C. G. Jung, para descrever quadros psicológicos. O reconhecimento dessas síndromes, no entanto, é muito mais antigo.

O que até a década de 80 do século passado se tratava como neurose acha-se hoje diluído em várias outras denominações. O DSM III (Diagnostic and Statistic Manual) da Associação Psiquiátrica Americana, de 1980, e o CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) da Organização Mundial de Saúde(OMS), de 1993, aboliram, embora parcialmente, o termo “neuroses” e o substituíram por “transtornos”: transtorno fóbico-ansioso, transtorno obsessivo-compulsivo (que passou a ser conhecido como TOC), transtorno dissociativo (de conversão), transtorno somatoforme, distimia e determinados tipos de depressão, e neurastenia. 


O DSM IV aboliu o termo "neurose" completamente. Com isso, o que aconteceu não foi apenas uma mudança terminológica, mas a passagem de um enfoque realmente nosológico para outro meramente descritivo. O termo neurose, no entanto, ainda está firmemente arraigado na consciência das pessoas e só com o tempo poderá ser desprezado no uso comum.

Em todas as neuroses devem-se distinguir os sintomas, que são formações psíquicas esdrúxulas, irrazoáveis e incontroláveis, do caráter neurótico, que é o feitio assumido pela personalidade e ao qual costuma-se nomear de maneira concordante com os sintomas: caráter fóbico, histérico, obsessivo etc.



Quais são as causas das neuroses?
Não há um fator único que possa ser apontado como causa das neuroses. O que se tem por estabelecido é que elas são distúrbios do desenvolvimento da personalidade que se iniciam ainda na infância muito precoce, embora só possam ser detectados mais tarde. Possivelmente haja também a participação de fatores hereditários, embora seja difícil determiná-los. Parecem ser de grande importância os modelos de identificação a que a criança tenha sido exposta durante a vida e os conflitos psicológicos, conscientes e inconscientes, que tenha enfrentado.




Quais os sintomas das neuroses?
Os sintomas das neuroses são extremamente variados e vão desde alterações ligeiras do estado de ânimo, até sintomas orgânicos severos, como paralisias e contraturas, passando por fobias e obsessões.
Quais os tipos de neuroses que existem?

Classicamente, fala-se de quatro tipos de neuroses:
Neurose de angústia, em que o sintoma predominante é a angústia.
Neurose fóbica, na qual preponderam as fobias. Atualmente grande parte do que era a neurose fóbica acha-se incluída nos transtornos fóbico-ansiosos.

Neurose histérica, caracterizada pela conversão de conflitos psicológicos em sintomas orgânicos e dissociações da consciência, atualmente chamada de transtornos dissociativos (de conversão).
Neurose obsessiva, em que dominam as compulsões e obsessões, atualmente compreendida, em grande parte, como transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).





17 de novembro de 2017

Um pouco da vida de Freud


Nascimento e infância
Aos vinte anos, Amália Nathanson se casou com o comerciante Jacob Freud. Bem mais velho e já viúvo, Jacob tinha dois filhos do primeiro casamento. O caçula estava com a mesma idade de Amália. Da segunda união nasceu Sigmund Freud, em 06 de maio de 1856, na República Tcheca. Ele foi o primeiro dos oito filhos do casal.
Poucos anos depois, a família se mudou para Viena, na Áustria. Nos tempos de colégio, Freud foi considerado um bom aluno. Mais tarde, decidido a estudar Filosofia, ingressou na Universidade de Viena. Ao longo do curso, Freud mudou de ideia e resolveu cursar Medicina.
Desperta interesse pelo cérebro humano
Embora tenha se dedicado a uma pesquisa científica com enguias no início da vida acadêmica, Freud se interessou mesmo pela fisiologia. Em especial pelas pesquisas do professor Ernst Brücke, ligadas ao estudo da anatomia e histologia do cérebro humano. Ainda naquela época, duas coisas se destacavam no caráter do jovem aluno: uma ambição precoce, reconhecida por ele mesmo, e o desejo de contribuir para o conhecimento da humanidade. Formou-se médico em 1881.
Durante os primeiros anos da década de 1880, Freud trabalhou como pesquisador na área de neurofisiologia. Entretanto, o cargo não garantia segurança financeira para sustentar uma família. Apaixonado por Martha Bernays, de quem ficou noivo após obter o diploma de Medicina, Freud renunciou sua carreira de pesquisador para acabar trabalhando durante três anos no Hospital Geral de Viena.
A experiência clínica de Freud
Em 1886, Freud resolveu abrir um consultório de neurologia, um tanto contrariado pela própria decisão. Isso acontecia porque a ideia de trabalhar em um consultório o desagradava, ainda que garantisse mais recursos financeiros.
No mesmo ano, Freud e Martha se casaram. Tiveram seis filhos. A caçula, Anna Freud, seguiu os passos do pai na psicanálise, direcionando a sua carreira para o tratamento de crianças.
Como clínico, Freud atendia jovens senhoras judias da burguesia de Viena. As moças apresentavam os sintomas de distúrbios histéricos e eram tratadas como “doentes dos nervos”. Diferente dos outros médicos de Viena, a sua maior preocupação era conseguir a cura das suas pacientes – tidas por muitos como casos perdidos. Para tanto, lançava mão de vários métodos aceitos na época, como a massagem, a hidroterapia e até a eletroterapia.
Quando percebeu que esses tratamentos não tinham nenhum efeito, aderiu ao uso da hipnose, inspirando por Hippolyte Bernheim.
O surgimento da Psicanálise
Os primeiros traços da Psicanálise de Freud já se insinuaram na década de 1880, principalmente com o seu ambicioso projeto de autoanálise. Porém, foi apenas em 1896 que Freud utilizou esse termo pela primeira vez. No ano seguinte, começou a formular o conceito do “complexo de Édipo”, uma das noções fundamentais da sua teoria. Dois anos mais tarde, publicou “A interpretação dos sonhos”.
A primeira sociedade Psicanalítica, então chamada de Sociedade Psicológica da Quarta-feira de Cinzas, foi fundada em 1902. Junto com Freud, Alfred Adler estava entre os membros, que mais tarde também incluiriam Carl Jung.
Saudações

12 de novembro de 2017

7 de novembro de 2017

Freud e a Psicanálise


Com a Psicanálise, evidencia-se o papel fundamental dos processos psíquicos inconscientes na determinação do nosso comportamento e da nossa personalidade. A grande novidade da revolução psicanalítica não é a descoberta do inconsciente, mas a afirmação de que este domina a nossa vida psíquica. O inconsciente é o “lugar psíquico” ou um sistema do nosso aparelho psíquico que contém pensamentos, desejos, sentimentos, impulsos que estão “situados” nas profundezas da nossa mente, aquém da consciência.

As neuroses são manifestações do inconsciente, apresentam-se como sintomas ou manifestações de algo que foi recalcado, impedido de aceder à consciência. O doente ignora aquilo que recalca, não conhece os desejos escondidos do seu inconsciente. Muitas das neuroses derivam, segundo Freud, da repressão dos impulsos sexuais e agressivos.

Para Freud, um ato psíquico (emoções, sentimentos, pensamentos e desejos) inconscientes, devido à sua dinâmica própria, tende a passar à consciência, a manifestar-se. Para passar ao estado consciente, é submetido ao exame da censura. Se esta lhe recusa a passagem, tais representações permanecerão no inconsciente. Significa isso que foram recalcadas. O recalcamento é uma força que, mediante um mecanismo chamado censura, mantém fora da consciência os desejos provenientes do inconsciente.

O inconsciente manifesta-se nos sonhos – é uma realização disfarçada de um desejo recalcado e, pode manifestar-se nos “atos falhados” que podem ser insignificantes mas têm sentido.

Freud estrutura a mente humana, na primeira tópica, em três dimensões: consciente – constituída por conteúdos psíquicos imediatamente acessíveis à consciência; pré-consciente (subconsciente) – constituído por conteúdos psíquicos imediatamente abaixo da superfície da consciência e que podem ser recuperados de forma relativamente fácil; inconsciente – constituído por conteúdos psíquicos que estão muito longe da superfície da consciência, mas que influenciam profundamente o nosso comportamento.


Numa segunda tópica, Freud apresenta uma visão mais completa e descreve de modo mais adequado a interação dinâmica entre as instâncias psíquicas, denominadas de Id, Ego e Superego.

O Id apresenta a máxima viver segundo o princípio do prazer, a sua atividade é regida unicamente por esse princípio. Procura satisfazer imediatamente os seus impulsos e instintos, obter prazer e evitar a dor, desconhecendo as circunstâncias. O Ego regula-se segundo o princípio da realidade, começa a desenvolver-se por volta dos seis meses de idade, adia a satisfação dos impulsos do Id até que o objeto apropriado dessa satisfação surja na realidade. O ego desempenha um papel de mediador e de executivo em relação ao Id, decide que instintos e pulsões podem, na realidade, ser satisfeitos e de que modo. O Superego é o representante da moralidade, diz-nos não o que podemos ou não fazer, mas o que devemos ou não devemos fazer. Forma-se ou começa a desenvolver-se por volta dos três aos cinco anos. O superego sobrepõe a moralidade à realidade.

Freud apresenta o desenvolvimento psicossexual repartido em cinco estádios: estádio oral, anal, fálico, latência e genital.


Abraços Fraternais

2 de novembro de 2017

A Psicanálise e a Borboleta


A Psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de Renascimento. É considerada um símbolo de ligeireza e de inconstância, de transformação e de um novo começo. Não há outro animal que passe por uma metamorfose tão intensa e completa. Este poder de Autotransformação é a Energia de cura da borboleta dentro da visão xamânica. Mas a borboleta também nos traz outros significados, como liberdade, beleza e Auto-Estima.

Todos os estágios pelos quais ela passa - ovo, larva, casulo e o novo nascimento como borboleta - são estágios que simbolizam o processo evolutivo da Alma. A crisálida é o ovo que contém a potencialidade do ser; a borboleta que sai dele é um símbolo de ressurreição.

Quando a larva penetra em seu casulo escuro, ela representa o processo de Autoconhecimento que se dá conosco quando penetramos profundamente em nosso interior. A partir do verdadeiro contato com o nosso íntimo, podemos perceber nossas riquezas e beleza pessoal, provenientes de nossa essência. A partir de nossos mistérios aprendemos que podemos criar beleza. Isto nos traz um sentimento de Liberdade e Auto-Estima.

O termo grego "psyche" tinha dois significados: um deles era Alma e o outro Borboleta, que simbolizava o espírito imortal. Na mitologia grega, a personificação da alma é representada por uma mulher com asas de borboleta. Segundo as crenças gregas populares, quando alguém morria, o espírito saia do corpo na forma de borboleta.


Nossa alma está sempre passando pelos estágios da borboleta, repetidamente, numa espiral ascendente dentro do Caminho Evolutivo.


Fraternos Abraços