27 de dezembro de 2017

A Sombra


A sombra é um dos conceitos mais importantes desenvolvidos por Carl Gustav Jung dentro da Psicanálise ou Psicanálise Junguiana, uma das especialidades do conhecimento psicológico que aprofunda a Psicanálise, criada por Sigmund Freud.

Este aspecto do ego humano é fundamental na conquista do aprimoramento da personalidade integral do Homem, ou seja, de sua individuação. Isto não ocorre sem a inclusão da sombra no mar de sua consciência, o ser não cresce, não completa este trabalho, o desenvolvimento do ‘eu’. Segundo Jung, a natureza sombria foi legada à Humanidade pelos estágios mais primitivos da existência, ao longo da jornada evolutiva empreendida pelo ser humano.

Como o indivíduo oculta nos recônditos de sua psique tudo que é rejeitado pelos padrões sociais e por si mesmo, aquilo que é definido como contrário à moral, do domínio da força bruta, ou seja, o monstro escondido dentro de cada um, o inconsciente é povoado com estas criações mentais ali reprimidas, e sem a limpeza constante deste conteúdo mental, é impossível o Homem ser livre, pois o fato de não pertencer à esfera da consciência não significa que a sombra deixe de influenciar as atitudes humanas.

O ser humano só tem acesso a sua natureza sombria quando tem a intrepidez necessária para mergulhar em si mesmo e empreender a imprescindível jornada de autoconhecimento, processo que pode ser facilitado pela Psicoterapia, mas que assim mesmo cabe a cada um realizar.

Geralmente, porém, as pessoas têm medo de olhar para si mesmas, de se verem como realmente são, e assim transmutar o que pertence ao campo das sombras. Normalmente o Homem prefere projetar no outro aquilo que ele rejeita em si mesmo, daí a importância de analisar com lucidez os aspectos da própria personalidade que são comumente transferidos para outras pessoas e situações.

O ângulo escuro do ser, as trevas que ainda residem na alma, o que cada ser tenta esconder de si mesmo, carece, segundo a Psicoterapia e a Psicanálise Profunda, ser conhecido, iluminado, para que se possa vencer e transcender estes conteúdos. Esta árdua tarefa deve ser realizada no âmago do Homem, que para isso precisa despertar no seu íntimo suas forças mais maléficas – pois a sombra também se revela, muitas vezes, sob terríveis aparências -, exilando-as de sua alma ao enfrentá-las com a luz da consciência.

O ser humano sempre temeu sua própria sombra, pois nela pressente a presença de tudo que, na verdade, desejaria esquecer ou fingir que nunca existiu. Mas sem a conscientização da natureza sombria não há processo de individuação que se sustente. É importante também perceber que este movimento de transformação é constante, pois uma vez que admite a existência da natureza sombria em seu interior, o Homem terá que lutar incessantemente contra ela, pois enquanto ele tiver o livre arbítrio, que pressupõe a escolha, algo será sempre relegado à margem, ou seja, ao âmbito da sombra.

Neste sentido, o indivíduo terá invariavelmente a companhia da sombra em sua viagem evolutiva rumo à individuação. E terá que derrotar sem cessar seus medos e tudo mais que o impeça de trazer à esfera da consciência o que está na periferia da psique, partindo constantemente da percepção de sua natureza sombria. Os sonhos podem contribuir muito para isso, muitas vezes constituindo o primeiro passo no processo de admissão da presença deste atributo negativo do ego, que pode igualmente se revelar positivo ao conferir intensidade à criatividade, à inspiração e a todas as emoções que envolvem o processo da criação.


Abraços Fraternais

16 de dezembro de 2017

O Lado Obscuro de cada um de Nós


Passou no seu casamento por aquilo que é quase um fato universal - os indivíduos são diferentes uns dos outros. Basicamente, constituem um para o outro um enigma indecifrável. Nunca existe acordo total. Se cometeu algum erro, esse erro consistiu em ter-se esforçado demasiadamente por compreender totalmente a sua mulher e por não ter contado com o fato de, no fundo, as pessoas não quererem saber que segredos estão adormecidos na sua alma. 


Quando nos esforçamos demasiado por penetrar noutra pessoa, descobrimos que a impelimos para uma posição defensiva e que ela cria resistências porque, nos nossos esforços para penetrar e compreender, ela sente-se forçada a examinar aquelas coisas em si mesma que não desejava examinar. 

Toda a gente tem o seu lado obscuro que - desde que tudo corra bem - é preferível não conhecer. 

Mas isto não é erro seu. É uma verdade humana universal que é indubitavelmente verdadeira, mesmo que haja imensas pessoas que lhe garantam desejar saber tudo delas próprias. 

É muito provável que a sua mulher tivesse muitos pensamentos e sentimentos que a tornassem desconfortável e que ela desejava ocultar de si mesma. Isto é simplesmente humano. 

É também por este motivo que tantas pessoas idosas se refugiam na própria solidão, onde não serão incomodadas. E é sempre sobre coisas de que elas não desejariam estar muito cientes. 

O senhor não é, obviamente, responsável pela existência destes conteúdos psíquicos. Se, apesar disto, ainda for atormentado por sentimentos de culpa, reflita então sobre os pecados que não cometeu e que gostaria de ter cometido. Isto poderá eventualmente curá-lo dos seus sentimentos de culpa relativamente à sua mulher.

Carl Gustav Jung, in 'Cartas'


5 de dezembro de 2017

A Psicanálise


Psicanálise é um campo clínico e de investigação teórica da psique humana, desenvolvido por Sigmund Freud, médico que se formou em 1881, trabalhou no Hospital Geral de Viena e teve contato com o neurologista francês Jean Martin Charcot, que lhe mostrou o uso da hipnose.

Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, médico neurologista austríaco, propôs este método para a compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente, abrangendo três áreas:


um método de investigação do psiquismo 
e seu funcionamento;


um sistema teórico sobre a vivência 
e o comportamento humano;

um método de tratamento caracterizado 
pela aplicação da técnica da Associação Livre.

Essencialmente é uma teoria da personalidade e um procedimento de Psicoterapia; a Psicanálise influenciou muitas outras correntes de pensamento e disciplinas das ciências humanas, gerando uma base teórica para uma forma de compreensão da ética, da moralidade e da cultura humana.

Psicanálise refere-se à forma de Psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud; Psicanálise é, assim, um termo mais específico, sendo uma entre muitas outras formas de Psicoterapia.


Por que a Psicanálise?

A Psicanálise se difere de algumas Terapias que tem como objetivo “eliminar o mal pela raiz”, como se diz em linguagem popular. Acredita-se que há muitos sofrimentos que não cessam simplesmente com uma amputação do mal, como se o mal tivesse uma causa apenas externa, como se fosse diretamente provocado por alguém ou algo que nos faz mal. 

Tratar apenas das manifestações sintomáticas, seria como tentar resolver o vazamento de uma represa colocando o dedo no furo de onde escapa a água. Um dia, isso vai dar as caras novamente, em um outro lugar ou a partir de uma outra situação apresentada em nossas vidas. Ao contrário de uma eliminação, de uma solução instantânea, a Psicanálise convida seus clientes a se confrontarem com a sua própria dor. 

Acredita-se, assim como Freud acreditava, que todos temos responsabilidade frente ao rumo que tomamos em nossa vida. Ao contrário de vítimas dos acontecimentos, de receptores passivos de um certo saber – seja médico, psicológico ou o que for -, os sujeitos são convocados pela Clínica Psicanalítica a serem partes integrantes do próprio tratamento.


2 de dezembro de 2017

A Psicanálise de Freud

Psicanálise é um campo clínico e de investigação teórica do comportamento humano, desenvolvido por Sigmund Freud.

Freud, propôs este método para a compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente, abrangendo três áreas:
um método de investigação da mente e seu funcionamento;
um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano;
um método de tratamento psicoterapêutico.

É, assim, uma teoria da personalidade, e um processo de Psicoterapia. A Psicanálise influenciou o crescimento das ciências humanas, da ética, da moralidade e cultura humana.

Freud recolheu reflexões e dados junto dos seus pacientes, procurando o significado mais profundo das perturbações psicológicas. A Psicanálise é o modo como nossos desejos e pensamentos se expressam através dos nossos sonhos, o modo como agimos e sonhamos. Esta teoria procura explicar a forma como as diferenças de personalidade e conflitos surgem na nossa infância. 

A Psicoterapia trata os distúrbios emocionais, trabalhando com clientes.
Freud levantou questões como a vida e a morte, complexo de édipo, traumas, a civilização, interpretação de sonhos, a importância da sexualidade nas nossas vidas...

Posteriormente, Freud apresentou a organização da Psicanálise através da estrutura id, ego e superego.

O ID é uma parte da psicanálise, constituída por conteúdos como desejos, que posteriormente são recalcados. Há uma procura do prazer e da satisfação. O id impulsiona o ego e a sua atividade é inconsciente."(...) é a parte obscura, impenetrável, da nossa personalidade.

O EGO constitui-se no primeiro ano de vida. A energia do ego vem das pulsões do ID. Tem preocupações lógicas de espaço e de tempo. O ego opõe-se a certos desejos do id, e a sua atividade é sobretudo consciente, tentando ser moral."A estrutura do ego, é composta de conhecimento e de defesa. 

O SUPEREGO é formado a partir do ego, após o complexo de Édipo. É constituído pela interiorização de imagens idealizadas dos pais e das regras sociais. É, assim, a base da consciência moral. O superego age sobre o ego, filtrando os conflitos do id/ego e a sua atividade é essencialmente inconsciente.O superego é a terceira instância do aparelho psíquico.



25 de novembro de 2017

Biografia * Freud


Experiências próprias pontuaram sua obra, Sigismund Schlomo Freud, que passou a assinar Sigmund Freud, nasceu em 1856 em Freiberg, na Áustria, numa família judia de classe média que, três anos depois, se mudaria para Viena, onde Freud se formou em medicina. 

Seu interesse pela pesquisa, o levou a estudar Neuropatologia, em Paris e a se associar ao médico Joseph Breuer (1842-1925). 

Casou-se com Martha Bernays, com quem teve seis filhos. 

Experiências clínicas e pessoais, como a morte do pai, foram elaboradas por Freud como teoria Psicanalítica e apresentadas pela primeira vez de modo sistemático no livro, A Interpretação dos Sonhos (1900), ao qual se seguiram Psicopatologia da Vida Cotidiana (1904) e Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905). 

A obra de Freud adquiriu amplitude de temas em Totem e Tabu (1913) e O Mal-Estar na Civilização (1930). 

Acuado pelos nazistas, ele mudou-se com a família em 1938, para Londres, onde morreu no ano seguinte.

Abraços Fraternais

21 de novembro de 2017

O que são neuroses?

Neuroses são transtornos da afetividade que levam as pessoas a experimentar sentimentos e reações motoras incomuns e/ou incontroláveis, com perfeita conservação do juízo de realidade. Assim, um neurótico fóbico, pode sentir intenso medo ante uma situação, ou um objeto que ele saiba não representar nenhum perigo. Isto quer dizer que os neuróticos percebem e julgam a realidade como todo mundo, mas reagem a ela de forma diferente. Essa característica os distinguem dos psicóticos, que exibem uma alteração do juízo de realidade. Em termos clínicos, isso significa que os psicóticos em geral apresentam delírios e os neuróticos não.



O termo neurose foi cunhado pelo médico escocês William Cullen (1712-1790) para descrever uma série de afecções nervosas inespecíficas, que ele julgava serem orgânicas, mas se popularizou com as teorias de Sigmund Freud e C. G. Jung, para descrever quadros psicológicos. O reconhecimento dessas síndromes, no entanto, é muito mais antigo.

O que até a década de 80 do século passado se tratava como neurose acha-se hoje diluído em várias outras denominações. O DSM III (Diagnostic and Statistic Manual) da Associação Psiquiátrica Americana, de 1980, e o CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) da Organização Mundial de Saúde(OMS), de 1993, aboliram, embora parcialmente, o termo “neuroses” e o substituíram por “transtornos”: transtorno fóbico-ansioso, transtorno obsessivo-compulsivo (que passou a ser conhecido como TOC), transtorno dissociativo (de conversão), transtorno somatoforme, distimia e determinados tipos de depressão, e neurastenia. 


O DSM IV aboliu o termo "neurose" completamente. Com isso, o que aconteceu não foi apenas uma mudança terminológica, mas a passagem de um enfoque realmente nosológico para outro meramente descritivo. O termo neurose, no entanto, ainda está firmemente arraigado na consciência das pessoas e só com o tempo poderá ser desprezado no uso comum.

Em todas as neuroses devem-se distinguir os sintomas, que são formações psíquicas esdrúxulas, irrazoáveis e incontroláveis, do caráter neurótico, que é o feitio assumido pela personalidade e ao qual costuma-se nomear de maneira concordante com os sintomas: caráter fóbico, histérico, obsessivo etc.



Quais são as causas das neuroses?
Não há um fator único que possa ser apontado como causa das neuroses. O que se tem por estabelecido é que elas são distúrbios do desenvolvimento da personalidade que se iniciam ainda na infância muito precoce, embora só possam ser detectados mais tarde. Possivelmente haja também a participação de fatores hereditários, embora seja difícil determiná-los. Parecem ser de grande importância os modelos de identificação a que a criança tenha sido exposta durante a vida e os conflitos psicológicos, conscientes e inconscientes, que tenha enfrentado.




Quais os sintomas das neuroses?
Os sintomas das neuroses são extremamente variados e vão desde alterações ligeiras do estado de ânimo, até sintomas orgânicos severos, como paralisias e contraturas, passando por fobias e obsessões.
Quais os tipos de neuroses que existem?

Classicamente, fala-se de quatro tipos de neuroses:
Neurose de angústia, em que o sintoma predominante é a angústia.
Neurose fóbica, na qual preponderam as fobias. Atualmente grande parte do que era a neurose fóbica acha-se incluída nos transtornos fóbico-ansiosos.

Neurose histérica, caracterizada pela conversão de conflitos psicológicos em sintomas orgânicos e dissociações da consciência, atualmente chamada de transtornos dissociativos (de conversão).
Neurose obsessiva, em que dominam as compulsões e obsessões, atualmente compreendida, em grande parte, como transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).





17 de novembro de 2017

Um pouco da vida de Freud


Nascimento e infância
Aos vinte anos, Amália Nathanson se casou com o comerciante Jacob Freud. Bem mais velho e já viúvo, Jacob tinha dois filhos do primeiro casamento. O caçula estava com a mesma idade de Amália. Da segunda união nasceu Sigmund Freud, em 06 de maio de 1856, na República Tcheca. Ele foi o primeiro dos oito filhos do casal.
Poucos anos depois, a família se mudou para Viena, na Áustria. Nos tempos de colégio, Freud foi considerado um bom aluno. Mais tarde, decidido a estudar Filosofia, ingressou na Universidade de Viena. Ao longo do curso, Freud mudou de ideia e resolveu cursar Medicina.
Desperta interesse pelo cérebro humano
Embora tenha se dedicado a uma pesquisa científica com enguias no início da vida acadêmica, Freud se interessou mesmo pela fisiologia. Em especial pelas pesquisas do professor Ernst Brücke, ligadas ao estudo da anatomia e histologia do cérebro humano. Ainda naquela época, duas coisas se destacavam no caráter do jovem aluno: uma ambição precoce, reconhecida por ele mesmo, e o desejo de contribuir para o conhecimento da humanidade. Formou-se médico em 1881.
Durante os primeiros anos da década de 1880, Freud trabalhou como pesquisador na área de neurofisiologia. Entretanto, o cargo não garantia segurança financeira para sustentar uma família. Apaixonado por Martha Bernays, de quem ficou noivo após obter o diploma de Medicina, Freud renunciou sua carreira de pesquisador para acabar trabalhando durante três anos no Hospital Geral de Viena.
A experiência clínica de Freud
Em 1886, Freud resolveu abrir um consultório de neurologia, um tanto contrariado pela própria decisão. Isso acontecia porque a ideia de trabalhar em um consultório o desagradava, ainda que garantisse mais recursos financeiros.
No mesmo ano, Freud e Martha se casaram. Tiveram seis filhos. A caçula, Anna Freud, seguiu os passos do pai na psicanálise, direcionando a sua carreira para o tratamento de crianças.
Como clínico, Freud atendia jovens senhoras judias da burguesia de Viena. As moças apresentavam os sintomas de distúrbios histéricos e eram tratadas como “doentes dos nervos”. Diferente dos outros médicos de Viena, a sua maior preocupação era conseguir a cura das suas pacientes – tidas por muitos como casos perdidos. Para tanto, lançava mão de vários métodos aceitos na época, como a massagem, a hidroterapia e até a eletroterapia.
Quando percebeu que esses tratamentos não tinham nenhum efeito, aderiu ao uso da hipnose, inspirando por Hippolyte Bernheim.
O surgimento da Psicanálise
Os primeiros traços da Psicanálise de Freud já se insinuaram na década de 1880, principalmente com o seu ambicioso projeto de autoanálise. Porém, foi apenas em 1896 que Freud utilizou esse termo pela primeira vez. No ano seguinte, começou a formular o conceito do “complexo de Édipo”, uma das noções fundamentais da sua teoria. Dois anos mais tarde, publicou “A interpretação dos sonhos”.
A primeira sociedade Psicanalítica, então chamada de Sociedade Psicológica da Quarta-feira de Cinzas, foi fundada em 1902. Junto com Freud, Alfred Adler estava entre os membros, que mais tarde também incluiriam Carl Jung.
Saudações

12 de novembro de 2017

7 de novembro de 2017

Freud e a Psicanálise


Com a Psicanálise, evidencia-se o papel fundamental dos processos psíquicos inconscientes na determinação do nosso comportamento e da nossa personalidade. A grande novidade da revolução psicanalítica não é a descoberta do inconsciente, mas a afirmação de que este domina a nossa vida psíquica. O inconsciente é o “lugar psíquico” ou um sistema do nosso aparelho psíquico que contém pensamentos, desejos, sentimentos, impulsos que estão “situados” nas profundezas da nossa mente, aquém da consciência.

As neuroses são manifestações do inconsciente, apresentam-se como sintomas ou manifestações de algo que foi recalcado, impedido de aceder à consciência. O doente ignora aquilo que recalca, não conhece os desejos escondidos do seu inconsciente. Muitas das neuroses derivam, segundo Freud, da repressão dos impulsos sexuais e agressivos.

Para Freud, um ato psíquico (emoções, sentimentos, pensamentos e desejos) inconscientes, devido à sua dinâmica própria, tende a passar à consciência, a manifestar-se. Para passar ao estado consciente, é submetido ao exame da censura. Se esta lhe recusa a passagem, tais representações permanecerão no inconsciente. Significa isso que foram recalcadas. O recalcamento é uma força que, mediante um mecanismo chamado censura, mantém fora da consciência os desejos provenientes do inconsciente.

O inconsciente manifesta-se nos sonhos – é uma realização disfarçada de um desejo recalcado e, pode manifestar-se nos “atos falhados” que podem ser insignificantes mas têm sentido.

Freud estrutura a mente humana, na primeira tópica, em três dimensões: consciente – constituída por conteúdos psíquicos imediatamente acessíveis à consciência; pré-consciente (subconsciente) – constituído por conteúdos psíquicos imediatamente abaixo da superfície da consciência e que podem ser recuperados de forma relativamente fácil; inconsciente – constituído por conteúdos psíquicos que estão muito longe da superfície da consciência, mas que influenciam profundamente o nosso comportamento.


Numa segunda tópica, Freud apresenta uma visão mais completa e descreve de modo mais adequado a interação dinâmica entre as instâncias psíquicas, denominadas de Id, Ego e Superego.

O Id apresenta a máxima viver segundo o princípio do prazer, a sua atividade é regida unicamente por esse princípio. Procura satisfazer imediatamente os seus impulsos e instintos, obter prazer e evitar a dor, desconhecendo as circunstâncias. O Ego regula-se segundo o princípio da realidade, começa a desenvolver-se por volta dos seis meses de idade, adia a satisfação dos impulsos do Id até que o objeto apropriado dessa satisfação surja na realidade. O ego desempenha um papel de mediador e de executivo em relação ao Id, decide que instintos e pulsões podem, na realidade, ser satisfeitos e de que modo. O Superego é o representante da moralidade, diz-nos não o que podemos ou não fazer, mas o que devemos ou não devemos fazer. Forma-se ou começa a desenvolver-se por volta dos três aos cinco anos. O superego sobrepõe a moralidade à realidade.

Freud apresenta o desenvolvimento psicossexual repartido em cinco estádios: estádio oral, anal, fálico, latência e genital.


Abraços Fraternais

2 de novembro de 2017

A Psicanálise e a Borboleta


A Psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de Renascimento. É considerada um símbolo de ligeireza e de inconstância, de transformação e de um novo começo. Não há outro animal que passe por uma metamorfose tão intensa e completa. Este poder de Autotransformação é a Energia de cura da borboleta dentro da visão xamânica. Mas a borboleta também nos traz outros significados, como liberdade, beleza e Auto-Estima.

Todos os estágios pelos quais ela passa - ovo, larva, casulo e o novo nascimento como borboleta - são estágios que simbolizam o processo evolutivo da Alma. A crisálida é o ovo que contém a potencialidade do ser; a borboleta que sai dele é um símbolo de ressurreição.

Quando a larva penetra em seu casulo escuro, ela representa o processo de Autoconhecimento que se dá conosco quando penetramos profundamente em nosso interior. A partir do verdadeiro contato com o nosso íntimo, podemos perceber nossas riquezas e beleza pessoal, provenientes de nossa essência. A partir de nossos mistérios aprendemos que podemos criar beleza. Isto nos traz um sentimento de Liberdade e Auto-Estima.

O termo grego "psyche" tinha dois significados: um deles era Alma e o outro Borboleta, que simbolizava o espírito imortal. Na mitologia grega, a personificação da alma é representada por uma mulher com asas de borboleta. Segundo as crenças gregas populares, quando alguém morria, o espírito saia do corpo na forma de borboleta.


Nossa alma está sempre passando pelos estágios da borboleta, repetidamente, numa espiral ascendente dentro do Caminho Evolutivo.


Fraternos Abraços

28 de outubro de 2017

A Psicanálise explica a origem das fobias


Segundo a Teoria Psicanalítica de Freud, as fobias se caracterizam como um medo escondido do consciente por um mecanismo de defesa.

É possível concluir que as fobias podem ter origem no inconsciente, quando quem possui o distúrbio não tem conhecimento de quais são os processos relacionados e o que causa o mal-estar físico e psicológico.

Utilizando as bases da Psicanálise, é possível entender o processo da fobia, pois essas reações não aconteceram de forma consciente por vontade da pessoa, mas sim, por uma questão de mecanismos relacionados à sobrevivência humana.




Acesso à fonte
Para o tratamento de fobias, é importante que o Psicanalista auxilie a pessoa a tornar conscientes esses processos inconscientes, a fim de que o medo seja racionalizado, além de também ensinarem técnicas para que ela possa controlar sozinha os sintomas assim que eles apareçam.

Conforme o tratamento avançar, os sintomas vão desaparecendo e, então, o cérebro e o corpo memorizam que aquela situação, objeto ou animal, não representam mais um perigo real e, assim, fazendo com que o mal-estar psicológico e físico também diminuam.

A fobia pode ser explicada pelas Teorias Freudianas como uma causa de um mecanismo de defesa do consciente. A repressão, explicada por Freud, como a supressão de tudo aquilo que o consciente julga prejudicial e, consequentemente, descartado no inconsciente, pode retornar futuramente como uma fobia.

O medo – agora reprimido no inconsciente – fica oculto até ser ativado por alguma situação que lembre à original. Assim, desenvolve-se um transtorno mental que acaba escondido do consciente da pessoa, dificultando seu acesso para tratamento.

Fraternos Abraços

26 de outubro de 2017

Como lidar com a Síndrome do Ninho Vazio?


O ciclo da vida faz com que, naturalmente, os filhos, depois de criados, saiam de casa para viverem sua independência. Seja porque passaram no vestibular em outra cidade ou porque vão se casar ou devido à conquista do emprego dos sonhos. Normalmente, apesar dessas conquistas serem comemoradas por todos, muitas vezes os pais acabam por criarem um sentimento de abandono.

O que acontece é que a saudade se torna um sentimento exagerado e difícil de lidar, fazendo com que os pais se sintam tristes mesmo sabendo que é uma nova etapa para os filhos: a fase de iniciarem uma vida adulta independente. Essa é a chamada Síndrome do Ninho Vazio. Veja neste post como lidar com ela:
Incidência

Normalmente, a síndrome é mais incidente em mulheres, pois elas, em sua maioria, passam mais tempo em casa com os filhos. Muitas vezes, elas acabam por determinar a rotina familiar, tendo assim vínculos mais fortes com os filhos.



Síndrome do Ninho Vazio

Para especialistas, é uma crise existencial passageira dependendo da personalidade da mulher e da quantidade de filhos. Normalmente, as mães se sentem sozinhas ou até mesmo abandonadas, quando os filhos deixam o lar para trabalhar ou estudar fora. A ausência dos filhos em casa ocasiona um excessivo sentimento de tristeza e vazio.

Esses sintomas acabam afastando a pessoa de seu círculo social, pois muitas vezes ela se sente fracassada por demonstrar os seus problemas, preferindo sofrer calada.

A ajuda acontece quando o assunto é compartilhado, pois a pessoa que sofre da Síndrome do Ninho Vazio costuma guardar muita coisa para si. Temos a seguir algumas dicas de como lidar melhor com essa problemática:

Falar do assunto é essencial: o primeiro passo para melhorar é colocar para fora os sentimentos que estão afligindo. No início, é difícil compartilhar tanta dor, por isso algumas pessoas buscam ajuda de psicólogos ou de alguém mais próximo para superar o difícil momento;
Atividades prazerosas: ao longo da vida, as pessoas sempre sentem o desejo de realizar determinadas atividades que lhes dão prazer, mas as exigências diárias, às vezes, fazem com que elas terminem sendo adiadas. 

Faça uma lista de todas as atividades que você gosta e se prepare para começar a fazê-las.

Cuidar de si também é importante: sabemos que os pais deixam de se cuidar para dar 100% de atenção aos filhos, mas, quando eles se vão, o cuidado pessoal deve ser retomado como auxiliador na superação da saída de casa pelos filhos.

Espaço é bom e todos gostam: estimule a independência dos filhos e não invada o espaço deles. Deixar que eles resolvam os problemas relacionados à vida adulta é ótimo para a autonomia deles como seres humanos. Evite ligações exageradas.

Companheirismo no relacionamento: os filhos, muitas vezes, tomam parte do tempo que antes era destinado ao marido ou esposa, já que a dedicação a eles é bem maior. Porém, os filhos cresceram e saíram de casa e é chegada a hora de se voltar para o companheiro (a). Ele (a) dará a força nesse momento de dificuldade longe dos filhos. É importante que os pais saibam que agora é a vez deles de desfrutar dos bons momentos que a vida lhe propicia, sem a preocupação excessiva para com os filhos.

A Síndrome do Ninho Vazio está intrinsecamente ligada à cultura de cada país. Há lugares onde as pessoas estão preparadas para se separarem dos filhos e outros não. Este problema pode existir em locais onde a dedicação da mulher à criação dos filhos se torna obrigatória.

A separação entre pais e filhos não é um momento fácil para os pais mais apegados, mas sabemos que é uma ocasião de alegria para eles e deve ser compartilhada com todos. Se você sentir tristeza profunda, fale com alguém e busque ajuda.

Amor, Luz e Paz

25 de outubro de 2017

A Sombra


A sombra, segundo Jung, nos diz para ignorar as próprias fraquezas e projetá-las nos outros.

Para evitar a sensação de que não somos bons o bastante, enxergamos os que estão ao nosso redor como se fossem suficientemente bons. Inúmeros exemplos vêm à mente.

Alguns são triviais, enquanto outros são uma questão de vida ou morte. A mais recente atriz de sucesso no cinema é criticada por perder peso demais, enquanto uma nação inteira se torna mais obesa.

Movimentos contra a guerra são denunciados como antipatriotas, enquanto todos estão pagando impostos para matar cidadãos de um país que nunca fez mal algum à América. Todos usam a projeção como uma defesa para evitar olhar para dentro de si mesmos.

Percebam que essa é uma defesa inconsciente. O molde da projeção é a seguinte afirmação:

“Não posso admitir o que sinto, então, imagino que você sinta."

Consequentemente, se você não consegue sentir a própria raiva, rotula um grupo da sociedade como violento e temível.

Se você inconscientemente sente uma atração sexual que considera tabu, tal como atração por alguém do mesmo sexo ou pensamentos de infidelidade, você acha que os outros estão direcionando esse tipo de atração a você.

A projeção é muito efetiva. Um falso estado de auto aceitação é criado com base em “Eu estou bem, mas você não está”.

No entanto, a auto aceitação se estende a outras pessoas; quando você está bem consigo mesmo, não há motivo para determinar que o outro é que não está bem.

Você Está Projetando?

Aqui estão as formas típicas que a projeção pode assumir:

Superioridade: “Eu sei que sou melhor que você. Você deveria ver e reconhecer isso.”

Injustiça: “É uma injustiça que essas coisas ruins aconteçam comigo” ou “Eu não mereço isso.”

Arrogância: “Tenho orgulho demais para me incomodar com você. Até sua presença me irrita.”

Defensiva: “Você está me atacando, então, não estou ouvindo.”

Culpar os outros: “Eu não fiz nada. É tudo culpa sua.”

Idealizar os outros: “Meu pai era como um Deus quando eu era pequeno”, “Minha mãe era a melhor mãe do mundo” ou “O homem com quem eu me casar será o meu herói”.

Preconceito: “Ele é um deles, e você sabe como eles são” ou “Cuidado, esse tipo de gente é perigosa.”

Ciúme: “Você está pensando em me trair; posso ver isso.”

Paranoia: “Eles querem me pegar” ou “Eu vejo a conspiração que ninguém mais vê”.

Sempre que um desses comportamentos surgir, há um sentimento oculto na sombra que você não consegue encarar. 


Aqui estão alguns exemplos:

A superioridade: camufla o sentimento de fracasso ou o de que os outros o rejeitariam se soubessem quem você realmente é.

A injustiça: camufla o sentimento de pecaminosidade ou a sensação de que você é sempre culpado.

A arrogância: camufla a raiva acumulada e, abaixo dela, há uma dor profundamente arraigada.

A defensiva: camufla a sensação de que você é indigno e fraco. A menos que você se defenda dos outros, eles começarão a atacá-lo.

Culpar os outros: camufla a sensação de que você está agindo errado e deveria se envergonhar.

Idealizar os outros: camufla a sensação de que você é uma criança fraca e indefesa, que precisa de proteção e cuidados.

O preconceito: camufla o sentimento de que você é inferior e merece ser rejeitado.

O ciúme: camufla seu próprio impulso de desvio ou um senso de inadequação sexual.

A paranoia: camufla uma ansiedade entranhada e sufocante.

Como você pode ver, a projeção é muito mais sutil do que se imagina. No entanto, é uma porta aberta para a sombra. E uma porta dolorosa, já que aquilo que é visto como falha nos outros mascara seu sentimento em relação a você mesmo. O ideal seria que pudéssemos parar de culpar e julgar de uma vez por todas.

Na realidade, desfazer a sombra é sempre um processo. Para interromper a projeção, você precisa enxergar o que está fazendo, entrar em contato com o sentimento oculto sob a superfície e fazer as pazes com esse sentimento.

Deepak Chopra

Fraternos Abraços

23 de outubro de 2017

A Psicanálise do Inconsciente de Freud.


A Teoria do Inconsciente Formulada por Freud
1856-1939

Passagem do século XIX para o século XX, Sigmund Freud, austríaco, médico e neurologista fundador da psicanálise.Foi o formulador de uma teoria a respeito da mente, revolucionando o pensamento em diversos aspectos, o mecanismo do inconsciente.

Entretanto, na sua teoria da mente, no funcionamento da memória, sempre rejeitou categoricamente, a relação de identificação entre a consciência e psiquismo, em referência ao conjunto dos mecanismos psicológicos.O senso comum sempre imaginou que não há nada na memória além do que se sabe, denominado de consciência.

Com efeito, fazendo acreditar que a consciência e a memória fossem a mesma coisa, discordância freudiana, em relação a sua teoria do funcionamento do cérebro.Desse modo, antagonicamente, a mente teria poder para conhecer tudo, sendo tal procedimento sua razão de ser.

Freud contrariamente discorda explicitando sua teoria do inconsciente.Sigmund enfatiza peremptoriamente, que a consciência não é propriamente a consciência, sendo o psiquismo dominado em essência pela substancialidade do inconsciente.Portanto, a outra parte da memória entendida como consciência, aspecto, aliás, reduzido é determinado proporcionalmente por mecanismo do inconsciente, motivo das pessoas desconhecerem suas motivações.

Desse modo, o inconsciente em boa medida domina a consciência, sendo que a memória não tem substancialidade na inteligência praxiológica globalmente, razão pela qual boa parte das ações não são motivadas.Qual a consequência da epistemologia procedida, boa parte das ações sapiens não são resultadas da consciência, realizam sem a percepção da mente ou da memória enquanto entendimento do cérebro.

Se os atos humanos são resultados de procedimentos não conscientes, do mesmo modo os traumas, os problemas psicológicos.Sendo assim, para o homem ser libertado de certos conflitos, é fundamental o psicanalista desvendar o mecanismo inconsciente da memória de cada paciente, para conhecer as verdadeiras causas conflitivas.

Portanto, exatamente a função da psicanálise, conhecer os mistérios inconscientes da mente humana, ajudando o paciente descobrir as causas que tanto incomodam seu comportamento psicológico, reconstruindo a memória.


Fraternos Abraços

15 de outubro de 2017

Elimine seus monstros aceitando-os


Existem emoções negativas que vivem em nosso interior como monstros que nos espreitam, e que vêm à luz no momento mais importuno, como a culpa, o medo, a soberba, o egoísmo, a inveja, os
ciúmes…

Às vezes é complicado superar um sentimento de culpa por algo que fizemos, ou é inevitável sentir medo diante de uma situação que nos preocupa.

Apesar de não ser possível eliminar as emoções negativas, é possível aceitá-las e gerenciá-las para conviver com elas e para que não dirijam nossa vida.

Identificando os monstros e as emoções

Todos nós podemos aprender a identificar e gerir nossas emoções. Podemos chegar a identificar as emoções de outras pessoas através da inteligência emocional, com o que conseguiremos sentir o que a outra pessoa sente por meio de suas palavras, gestos ou expressões.

Charles Darwin analisou que os animais têm um extenso repertório de emoções e que essas emoções têm uma função social, já que favorecem a adaptação ao nosso entorno.

Existem seis emoções básicas e cada uma tem sua função:

Medo

É a emoção que sentimos diante de um perigo, seja ele real ou imaginário. O medo nos incita a nos proteger e salvaguardar.

SurpresaAssombro que sentimos diante de um acontecimento inesperado, seja positivo ou negativo. A surpresa nos permite nos orientar diante da nova situação.

Aversão

O asco que algo nos produz e que nos faz rejeitar algo.

Ira

Sentimento de irritabilidade diante de uma situação que nos incomoda. A ira é um sentimento negativo e destrutivo.

Alegria

Euforia por algo que nos faz felizes e nos dá uma sensação de segurança e bem-estar. Nos convida a querer repetir essa situação para sentirmos isso novamente.

Tristeza

É o sentimento que os eventos negativos nos causam. A tristeza nos leva a superar uma situação e a trazer para fora nossas emoções.

Técnicas de gerenciamento das emoções

Existem várias técnicas para controlar e gerenciar as emoções negativas, que são agrupadas em várias categorias:

Técnicas de controle emocional imediato

São utilizadas para controlar nossas emoções justamente no momento em que surgem.

Geralmente têm a ver com o manejo da atenção. O que se tenta evitar é que, quando nascer uma emoção negativa em nosso íntimo, a expressemos e nos deixemos levar por ela.

Técnicas para descobrir as causas de nossas emoções

Trata-se de um conjunto de técnicas que buscam compreender o que nos faz reagir de uma certa maneira e descobrir como de reagir de forma diferente.

Pode se tratar de uma falta de autoestima, uma percepção errônea da situação, de medo etc.

Técnicas de mudança emocional permanente

As técnicas de mudança emocional permanente propõem um trabalho profundo com nós mesmos, que proporciona um crescimento para deixar de reagirmos como não desejamos.

Como aceitar os monstros

Não podemos evitar sentir emoções, mas podemos aprender a gerenciá-las e a aceitá-las para que não nos façam mal.

A seguir, damos alguns conselhos para gerenciar sua inteligência emocional e controlar os monstros internos:

1- Lembre-se de suas virtudes e êxitos

Todos temos muitos defeitos, mas também muitas virtudes que nos diferenciam e nos tornam pessoas únicas.

É comum falarmos o tempo inteiro coisas negativas sobre nós mesmos: Isso sempre me acontece!, Sou um desastre!, Sempre chego atrasada! etc.

Mas nunca paramos para pensar em todas as virtudes que temos, em todas as coisas que fazemos bem, em nossos êxitos diários.

2- Distraia sua atenção com algo concreto

Quando um bebê chora, o primeiro que fazemos é tentar distraí-lo para que pare de chorar.

Não deixe sua mente divague. Se seu companheiro lhe disse que não está seguro sobre o relacionamento, não fique pensando que ele vai deixá-la, pense no livro que estiver lendo.

3- Pense no futuro mais imediato

Às vezes as emoções negativas nos fazem pensar nas consequências a longo prazo, mas é melhor pensar no futuro imediato, de forma que sejamos mais realistas e possamos manter o autocontrole.

4- Medite regularmente

Já foi comprovado que meditar é eficaz para evitar os pensamentos negativos, não apenas quando são produzidos, mas também a longo prazo.

Meditar e respirar corretamente pode ajudar a diminuir a ansiedade e outras emoções negativas.

5- Pense no pior que pode acontecer

Se você pensar no pior que pode acontecer a você, aprenderá a relativizar seus problemas e a gerenciar o controle de suas emoções.


Abraços Fraternais

Autoconhecimento

"As prisões mais difíceis de escapar, 
é aquela que agente mesmo constrói"



Só através do Autoconhecimento que desenvolvemos uma inteligência própria com nós mesmos; pois inteligência não é necessariamente conhecimento, intelecto ou pensar que sabe mais, esse tipo de inteligência própria esta ligada a nossa própria natureza e reconhecimento de quem somos, isso nos facilita e nos capacita a lidar com nós mesmos e usar dessa inteligência a nosso favor.

Fraternos Abraços

30 de setembro de 2017

Neurose



Neurose: Mitologia grega:

neuron: nervo
osis: condição doente ou anormal

Na teoria Psicanalítica, é uma estratégia ineficaz para lidar com sucesso, com algo, o que Freud propôs ser causado por emoções de uma experiência passada, causando um forte sentimento que dificulta reação ou interferindo na experiência presente.


Por ex.: alguém que foi atacada por um cachorro quando criança,pode ter fobia ou um medo intenso de cachorros.

Porém,ele reconheceu que algumas fobias são simbólicas e expressam um medo reprimido.

Há muitas formas específicas diferentes de neurose: piromania(comportamento repititivo de atear fogo), transtorno-obsessivo-compulsivo (TOC), ansiedade, histeria (na qual a ansiedade pode ser descarregada como um sintoma físico), e uma variedade sem fim de fobias.

Todas as pessoas têm alguns sintomas neuróticos, frequentemente manifestados nos mecanismos de defesa do ego que as ajudam a lidar com a ansiedade.

Mecanismos de defesa que resultam em dificuldades para viver, são chamados neurose e são tratados pela psicanálise, psicoterapia/aconselhamento, ou outras técnicas psiquiátricas.


Faça Terapia Psicanalítica, você aprenderá a lidar melhor com:

*fobias, depressão, angustias, medos;
*reforçar o seu poder de decisão;
*acessar a calma e o equilíbrio interno;
*libertar-se de apegos, autocura da mente;
*despertar seus potenciais, melhorar sua vida pessoal;
*aumentar sua autoestima 
e autoconhecimento para Qualidade de Vida e Bem-Estar.

Atentamente,
Fernanda Tomaz

26 de setembro de 2017

Os caminhos de Freud


A cura pela palavra e pela livre associação 

Sigmund Freud trabalhou com a intuição dos processos inconscientes, nos estudos clínicos feitos em Paris com o neurologista Jean Charcot, que usava a hipnose para tratar histeria. Em Viena, ele teve contato com Joseph Breuer, que cuidou da paciente conhecida como Anna O. Num estado próximo da auto-hipnose, ela falava sobre as primeiras vezes que experimentou os sintomas de histeria, e só isso reduziu a incidência e a violência dos surtos.

Nos casos que acompanhou, Freud percebeu que a relutância em associar idéias, os silêncios e as dificuldades de pronúncia indicavam conflito entre o consciente e o inconsciente reprimido, geralmente material de natureza sexual. A Psicanálise surgiu da crença de que trazer à tona esse teor e tratar dele pela fala, seria um meio de desatar o nó psíquico. Freud começou então a afirmar a existência da sexualidade infantil e a necessidade de conhecê-la.

Fraternos Abraços

23 de setembro de 2017

Psicanálise


A Psicanálise é um tratamento para processos mentais inconscientes. Uma teoria da estrutura e funcionamento da mente humana e da análise dos motivos do comportamento. Método terapêutico de doenças de natureza psicológica supostamente sem motivo orgânico. Consolidou-se em conhecimentos existentes, como a estrutura tripartite (id - superego - ego) da mente,suas funções e correspondentes tipos de personalidade, a teoria do inconsciente, o método terapêutico da cartase, e o pessimismo da natureza humana.

Como atos sintomáticos, sublimação, pervesão, 
narcisismo, recalque, transferência, projeção,
introjeção, tipos de personalidade,etc.


Aborda às condições psíquicas correspondentes a estados de infelicidade e a comportamentos anti-sociais. Como também a concepção da motivação humana: O Sexo. Objeto natural de interesse das pessoas e também sua principal fonte de felicidade - como poderoso móvel do comportamento humano.

Freud (O Pai da Psicanálise) notou que na maioria dos clientes que teve desde o início de sua prática clínica, os distúrbios e queixas de natureza hiponcondríaca ou histérica estavam relacionadas a sentimentos reprimidos com origem em experiências sexuais pertubadoras. 

Assim ele formulou a hipótese de que a ansiedade que se manifestava através dos sintomas (Neurose) era consequência da energia (libido) ligada à sexualidade; a energia reprimida tinha expressão nos vários sintomas neuróticos que serviam como um mecanismo de defesa psicológica. Essa força, o instinto sexual, não se apresentava consciente devido à repressão tomada também inconsciente. 

A revelação da repressão inconsciente era obtida pelo método da livre associação-inspirados nos atos falhos ou sintomáticos e pela interpretação dos sonhos.

O processo sintomático e terapêutico compreende: experiência emocional; recalque e esquecimento, neurose, análise pela livre associação, recordação, transferência, descarga emocional, cura.

A Psicanálise é a medicina da "alma" do nosso século.

Auxilia o analisado a encontrar 
uma convergência entre as suas necessidades.


COISAS D'ALMA
nosso eu interior
Fernanda Tomaz

15 de setembro de 2017

As quatro estruturas da psicopatologia


As chamadas psicopatologias, no contexto da teoria psicanalítica Freudiana, podem ser divididas em quatro estruturas, a saber, a neurose obsessiva, a histeria, a perversão e a psicose.
A neurose por ser brevemente definida como uma desordem mental, consciente pelo sujeito, desordem esta que não atinge as funções essenciais da personalidade, ou ainda, doença nervosa sem causa somática, mas psíquica, não tendo o poder de transformar a personalidade do sujeito. “Com efeito, o que quer dizer as palavras “consciente” e “não tendo o poder de transformar a personalidade do sujeito” no registro da neurose?


Os neuróticos caracterizam-se pelo sofrimento que sua psicopatologia lhes inflige, sendo este sofrimento a causa mesma da deliberação do sujeito no sentido de procurar um analista na esperança de uma cura. A patologia neurótica não impede o sujeito de possuir uma vida social mais ou menos saudável, e ele mesmo está cônscio de seu sofrimento. O neurótico obsessivo embora não consiga por conta própria se libertar de seus medos, sabe que no fundo são absurdos. Todas as pessoas psiquicamente normais sentem medo diante do perigo, diferentemente, o neurótico é afligido por um medo mórbido, doentio e sem qualquer fundamento. 

Segundo Freud, a causa da neurose reside na ideia de conflito interno entre duas forças opostas que constituem o nosso psiquismo. Ao afirmar que os neuróticos sofrem de reminiscências, Freud confere a uma experiência passada a causa da neurose, pelo conflito, existente entre um desejo, ligado às pulsões e ao ID, e o dever moral, que emana do Superego, gerando, por conseguinte, o sentimento de culpa. E como as pulsões precisam ser necessariamente descarregadas acabam por gerar um sintoma neurótico.

A histeria, não obstante ser distinta da neurose obsessiva, apontada precedentemente, também é classificada como uma neurose, com o seguinte distintivo: o sintoma histérico é conversivo, isto é, o sintoma se manifesta no corpo do sujeito na forma de paralisias, coceiras, cegueira, etc. A título de exemplo, pode-se mencionar a paciente de Freud chamada Dora, que apresentava entre outros sintomas uma tosse nervosa. O sintoma desapareceu quando Dora reconheceu, pelo método psicanalítico que a irritação da garganta ligava-se a um desejo inconsciente de sucção da vara pela qual ela se identificava à amante de seu pai.

As perversões caracterizam-se pelo retorno às atividades, gostos e escolhas característicos de uma etapa anterior do desenvolvimento libidinal; retorno este chamado em psicanálise de regressão. No pervertido o desejo edipiano não deixou de existir e a angústia de castração que a ela está intimamente ligada subsiste em toda a sua intensidade. O prazer do pervertido não pode ser obtido pela simples aproximação das partes sexuais de um homem e de uma mulher, porém, utiliza outros meios e outras vias corporais, por exemplo, o órgão genital do mesmo sexo, via oral ou anal, ou prover aproximação heterossexual normal de condições sem as quais ela não traria para ele realização satisfatória. As perversões manifestam-se, na relação sadismo/masoquismo, voyeurismo/ exibicionismo, no fetichismo e no homossexualismo.

No tocante à psicose, convém compará-la com a neurose para uma melhor compreensão. Conforme visto anteriormente, o neurótico sabe que seus medos e fantasias são absurdos. Ao contrário, um sujeito que sofre de psicose acredita que suas próprias representações fantasiosas são reais. O psicótico não consegue ver o absurdo, por exemplo, da afirmação de ser Napoleão ou Jesus Cristo, pois o psicótico fica estranho à realidade, isto é, torna-se um alienado. 

A psicose impede que o doente compare o que ele imagina como o que acontece na realidade. Portanto, o psicótico perde totalmente a noção de seu estado. Esta perda de consciência implica na impossibilidade da cura da psicose através do método psicanalítico. Pois como vimos, o neurótico busca ajuda psicanalítica porque sofre, e através da associação livre, auxiliado pelo psicanalista, alcança a cura de sua neurose simplesmente ao conhecer a causa geradora do sintoma. 

No entanto, isto não é possível em relação aos psicóticos para quem suas fantasias e representações, são a pura realidade. Quanto aos pervertidos são dificilmente tratáveis pelo método da psicanálise, pois estão tão ligados aos seus objetos de prazer, os quais são assumidos muitas vezes publicamente, que se tornam impedidos de buscarem na clínica o fim de sua patologia.


BIBLIOGRAFIA

BRABANT, Georges Philippe. Chaves da Psicanálise. Zahar Editores. Rio de Janeiro: 1973.

ESTEVAM, Carlos. Freud: vida e obra. José Álvaro Editor. Rio de Janeiro: 1968.

VALINIEFF, Pierre. Psicanálise e complexos. Edições MM. Rio de Janeiro: 1971.

SANTOS, Adelson Bruno dos Reis / Ceccareli, Paulo Roberto. Perversão sexual, ética e clínica psicanalítica. Revista Latinoam. Psicopat. Fund. Vol.12, n.2. São Paulo: 2002.


Fraternos Abraços

7 de setembro de 2017

Alfred Adler e o complexo de inferioridade


No ano de 1902, Sigmund Freud criou a chamada Sociedade psicológica das quartas-feiras à qual foram chegando, aos poucos, médicos e intelectuais judeus. Estes, por sua vez, se reuniam informalmente na sala de espera do consultório de Freud: Rudolf Reitler, Otto Hank, Alfred Adler etc., os quais estavam ligados ao que viria a ser conhecido como o “movimento psicanalítico”. Com efeito, é sobre a dissidência efetivada por um de seus integrantes, a saber, Alfred Adler, que pretendo me ater.


Adler foi o primeiro discípulo de Freud a se separar do grupo psicanalítico em 1911. Todavia, as ideias de Adler não tiveram na França uma grande importância, não obstante as noções de complexo de inferioridade e de protesto viril as quais tornarem-se muito famosas sem que seja lembrado que foi Adler o pai destes conceitos.

Adler fundamenta-se na observação segundo a qual uma inferioridade orgânica é compensada, seja pela utilização de outro órgão, seja por um esforço particular imposto ao órgão deficiente. É possível reportar-se a Demóstenes, como exemplo, o qual, apesar de ser gago, tornou-se um grande orador. A inferioridade orgânica também suscita reações psíquicas sob a forma de fantasias compensatórias. 

Num outro momento, Adler amplia a noção de inferioridade, assegurando que o sentimento de inferioridade existe em todas as pessoas e que possui sua fonte na infância no momento em que o indivíduo se sente pequeno e fraco diante do adulto, sentimento este favorecido pela atitude minimizante dos pais:
O ser humano apresenta esta característica essencial: é a entidade mais frágil do reino animal, quando nasce; a mais delicada, a menos apta para a sobrevivência. 

Um potrinho, assim que se desembaraça da placenta, já pode dar alguns saltos desajeitados; para um gatinho, são necessários apenas alguns dias para que abra os olhos e são necessárias apenas alguma semanas para que o pequeno pássaro possa voar só. O recém-nascido humano vem ao mundo num estado de insuficiência que lhe seria catastrófico se não tivesse uma família para olhar por ele... Assim, a criança que toma, pouco a pouco, ao longe de todos esses anos de sua formação, consciência de si mesma, considera-se a princípio como algo inferior, menor (VALINIEFF, 1971 págs.106 e 107).

Segundo Adler o sentimento de inferioridade faz nascer um desejo compensatório de superioridade, de dominação e de poder que pode conduzir a alguma forma de sucesso pessoal, ou traduzir-se em desejos irrealistas e na busca de objetivos irrealizáveis que caracterizam a neurose. Se a criança sentir grande dificuldade de impor ao mundo exterior seu verdadeiro ego, seu desejo natural de poder transformar-se-á em obsessão. Isto se observa nos casos de compensação. O desejo de superioridade, então, torna-se doentio.

O domínio e o poder, estando nas mãos dos homens em nossa civilização, e a inferioridade do lado da mulher, o desejo de poder em um e outro sexo equivalem a um esforço para alcançar uma posição idealmente masculina. Alfred Adler denomina este esforço de protesto viril que existe, sobretudo nas mulheres, mas que se encontra em todos os indivíduos que, sentindo-se numa posição inferior, se esforça para sair dela:

Mas, de uma pequenez a criança tomará uma força: é um desejo quase imediato de afirmar-se em relação ao mundo. O fim de toda a existência humana está, pois, comandado por uma “sede de poder” destinada a procurar a superioridade sobre o meio ambiente ( VALINIEFF,1972,P.108).

Para Adler é a vontade de poder que é a força motora de toda ação humana, e não a sexualidade, e é esta mesma vontade de poder que é a causa das neuroses, pois, o próprio ato sexual para ser motivado, não nasce da excitação sexual mas de uma procura de superioridade sobre o parceiro. O complexo de Édipo não é questionado por Adler, todavia, é reinterpretada consoante a perspectiva da vontade de poder. A criança visa submeter-se à mãe e subtrair-se à dominação do pai, para por sua vez dominá-lo. 

No decorrer da adolescência e na idade adulta do complexo de Édipo constitui um refugio para o indivíduo, pois o tal se fixa a essa situação para evitar confrontos mais difíceis.
Os diferentes conceitos expostos até aqui, conduzem a uma atitude e a um método terapêutico distintos daqueles observados na psicanálise freudiana. 

A busca das causas iniciais da neurose é abandonada, a qual se define por uma busca de metas inadaptadas e é na correção dessas metas que reside ação terapêutica. Portanto, o foco é na ação educativa e reeducativa, a qual não procura entrar nas profundezas do inconsciente e pretende ser de curta duração. Alfred Adler deu à sua própria teoria o nome de psicologia individual.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRABANT, Georges Philippe. Chaves da Psicanálise. Zahar editores. Rio de Janeiro: 1972.

MEZAN, Renato. Freud. Brasiliense. São Paulo: 1983.

VALINIEFF, Pierre. Psicanálise e complexos. Edições MM. Rio de Janeiro: 1972.

Fraternais Abraços