25 de julho de 2017

Reflexão


Aquele que não aceita parar é sinal que não aceita olhar-se.

Se você não for capaz de assumir a responsabilidade de todos os seus atos, você ainda não é adulto.

Não aceite nunca viver o menor instante sem saber porquê você o está vivendo e sem ter decidido como você irá vivê-lo.

Refletir sobre a própria vida é tomar posse dela.

Enquanto você não tiver aceitado seus limites de verdade, nada poderá construir de sólido.

O autêntico humilde nada teme.

Não deseje viver a vida do outro; ela não está à sua altura.

Não se incomode com a opinião dos outros; saiba ser você mesmo.

Michel Quoist

Amor,Luz e Paz

24 de julho de 2017

Desenvolvendo Técnicas


Uma vez que o desenvolvimento da arte da interpretação foram satisfeito, a sede analítica para conhecimento, tornou-se o assunto de interesse para o problema, de que as formas mais adequadas de influenciar sobre o cliente poderia ser alcançado. 

Logo mostrou-se que a primeira tarefa deve ser o de ajudar o cliente a descobrir e, em seguida, trabalhar a resistência emergente durante o tratamento, que não tem princípio de consciência. 

Também foi descoberto simultaneamente que a parte do trabalho Terapêutico foi a superação dessas resistências e que era impossível sem alcançar uma modificação psíquica duradoura do cliente. 

Desde que o trabalho analítico é, portanto, orientado para a resistência do cliente, a técnica Analítica adquiriu sutileza e segurança.

Por isso, é permitido realizar tratamento Psicanalítico sem preparação analítica fundamental.

Fraternos Abraços

23 de julho de 2017

O Sábio / Iluminado Sigmund Freud


                                       Psicanálise Freudiana

Freud de fato foi um homem para além de seu tempo, só o livro,

“A Interpretação dos Sonhos” sofreu inúmeras reformulações, ele voltava atrás e revia, quando percebia que a coisa não era bem da forma como ele imaginava.

Entendo a Genialidade de Freud como da ordem da ousadia, ele não repetiu os jargões dos pré-freudianos que consistia em métodos atrelados a uma mudança de comportamento regada ao estilo pedagógico, ele deixou a sua marca, criou algo novo, percebeu o homem para além do sintoma, para além da doença, e é isso o “além” daquilo que aprendemos nos livros ou com a própria abordagem.

A técnica sem uma percepção intuitiva que não comunga a intimidade e a humanidade do outro, é só técnica, não podemos tratar só com a técnica, do lado de lá há uma humanidade que sofre, de uma demanda de amor, coisa que Freud pontuou de forma grandiosa.

Por Katiana Santiago

Sábias palavras da colega citada acima. Temos sonhos e desejos não realizados. Temos vivências, histórias para contar e sensibilidade sim; mas é certo que esbarramos nas dificuldades de expressar em palavras nossos pensamentos, sentimentos e experiências por diversos motivos.

O importante é viver o romance da vida intensamente, enxergar o mundo a nossa volta com os olhos da Alma, ver além do véu que embaça nosso olhar e mostrar com sinceridade nosso interior.

O Essencial é Ser feliz!

Freud é Magnífico…Foi Um Ser Além do Seu Tempo! Sou Apaixonada por ele. Sua Teoria é rica e muito bem elaborada, não há furos na Psicanálise, ela faz o tricô necessário na Alma adoecida, angustiada. De fato move elementos desconhecidos, recalcados em uma esfera interior.

Foi Sábio / Iluminado pelas pesquisas que fez 
no campo da Mente Humana!

Compreender a estrutura do comportamento não é fácil,
e como um Hábil Artista pintou seus ensinamentos com SABEDORIA.



Sigismund Schlomo Freud, 
mais conhecido, apenas, por Sigmund Freud 
(6 de maio de 1856 / 23 de setembro de 1939), 
nascido em Freiberg, Moravia, Áustria. 
Foi Neurologista e Fundador da Psicanálise.

Fernanda Tomaz
Abraços Fraternos

21 de julho de 2017

O que importa é a Psicanálise



"Ponham algo de si na psicanálise, 
não se identifiquem comigo. 
Tenham seu estilo próprio, 
pois eu tenho o meu."
Jacques Lacan

Theodor Reik, amigo de Sigmund Freud, foi acusado de charlatanismo por exercer a psicanálise sem ter diploma de medicina. Freud publicou então “A Questão da Análise Leiga”, no qual defende que qualquer pessoa que tenha feito uma formação psicanalítica, e tenha sido submetida a uma análise própria, é apto para exercer a psicanálise.

Na carta a Pfister, Freud acrescentou ainda: “Não sei se o senhor adivinhou a ligação secreta entre “A Questão da Análise Leiga” e “O Futuro de uma Ilusão” (obra em que Freud descreve a religião como a neurose obsessiva universal da humanidade). Na primeira, quero proteger a psicanálise dos médicos; na segunda, dos sacerdotes. Quero entregá-la a uma categoria de curas de alma seculares, que não necessitam ser médicos e não podem ser sacerdotes.”

Antonio Quinet ressalta que ensino da psicanálise deve ser pensado a partir da posição de sujeito dividido. Assim como o “analisante” que elabora o saber inconsciente em sua própria análise, o “ensinante” é um trabalhador cuja construção de saber é ordenada por aquilo que não sabe, mas interroga.

Portanto, na psicanálise não há um saber prévio a ser aplicado em todos os casos, é sempre um a um. Tampouco se transmite o ato psicanalítico, pois este é sempre uma criação particular, é impossível de ser generalizado e é muito mais vinculado à ética do que a técnica.

Como Jacques Lacan, em relação a transmissão da psicanálise, não acredito que ela possa ser ensinada apenas em um estudo sistemático, mas numa vivência clínica e multicultural, tão complexa quanto ser humano é. Não somos nossos comportamentos. Somos infinitamente mais que isso.

A maioria dos psicanalistas tornou-se conservadora por diversas razões. Os lacanianos não deveriam sê-lo, já que Lacan relançou o pensamento da rebelião, da contestação. A Internacional Freudiana tornou-se conservadora porque caiu na repetição do dogma.

“Eles não se renovaram, tornaram-se um movimento dogmático, centrado sobre a clínica e não sobre a reflexão a respeito da sociedade e do indivíduo. Além disso, cometeram o erro de dialogar demais com as ciências duras, ao crer que o debate sobre o cérebro e os neurônios era essencial”, descreve o pensamento da psicanalista Elizabeth Roudinesco.

Os psicanalistas brasileiros são ecléticos. Com isso se formou uma psicanálise pegando um pouquinho de Freud, um cadinho de Lacan, uma pitada de Jung, e por aí foi. Isso funciona porque questiona o dogmatismo. A desconstrução dogmática traz um novo olhar sobre a clínica.

O que está em jogo na análise por parte do analista é a capacidade em sustentar um lugar, algo que não é aprendido, mas impulsionado, se não pelo clássico tripé da formação do analista: a análise pessoal do aspirante a terapeuta, o ensino teórico e a supervisão clínica, aquilo que realmente importa: a psicanálise.

Por Roney Moraes (Psicanalista, Jornalista e Teólogo)

Fraternos Abraços

15 de julho de 2017

Citações de Psicanalistas


Antes de ser um
excelente profissional,
seja um bom ser humano.
Freud


Conheça todas as teorias, 
domine todas as técnicas, 
mas, ao tocar uma alma humana, 
seja apenas outra alma humana. 
Carl Gustav Jung


O Ser do homem não pode ser compreendido sem sua loucura, 
assim como não seria o ser do homem
 se não trouxesse em si a loucura 
como limite de sua liberdade. 
Jacques Lacan

Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro 
e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele. 
Carl Rogers

É preciso atentar para o fato de que a fraqueza,
 o retraimento, a omissão,
 são tão agressivos quanto à manifestação 
aberta de agressividade. 

Ser roubado é tão agressivo quanto roubar. 

O suicídio é fundamentalmente igual ao assassinato. 

Donald Woods Winnicott

Saudações

8 de julho de 2017

O tempo em Psicanálise


O tempo transita em nosso pensamento na relação imaginária que estabelecemos com o mundo, convocando-nos a diversas questões e direcionando-nos na busca de um espaço de referência, seja no passado, no presente ou no futuro. Estamos bordeados por ideias quanto aos tempos da vida: tempo de crescer, tempo de brincar, tempo de trabalhar, tempo de casar, tempo de viajar, tempo de ser feliz, tempo do Natal, tempo de festa, tempo que passa rápido, lento, tempo, tempo, tempo...

Em contraposição a esta delimitação do tempo, há momentos que podemos nos deparar com uma perplexidade ao notar que muitas vezes atuamos, ou sentimos, como se não houvesse o passar do tempo. Quem já não se pegou tentando achar uma explicação para uma percepção aparentemente desconectada diante de um tempo transcorrido tal como: “Nossa, parece que foi ontem, e me sinto como se o tempo não tivesse passado”.

Ao procurarmos o significado da palavra tempo no dicionário, encontramos uma variedade imensa de significados e de sentidos figurados para usá-lo quando queremos falar não apenas da cronologia: “um lapso de tempo futuro ou passado”, mas também da meteorologia: “o tempo de chuva”, da astronomia: “o que decorre entre duas passagens consecutivas da Terra pelo mesmo ponto de sua órbita”, da gramática: “qual tempo verbal”, do direito: “o tempo de serviço”, da informática: “tempo de utilidade de um dispositivo”, da música: “1, 2, 3...”, dos esportes: “Cada um dos dois períodos em que se divide a partida de futebol”, da mecânica: “Quantidade de movimento de um corpo ou sistema de corpos”, e por ai podemos seguir adiante buscando mais e mais significados possíveis para esta palavra “tempo”.

Mas de qual tempo estamos falando em psicanálise?

Logo nas primeiras entrevistas com um psicanalista, são levantadas questões bem pontuais quanto ao tempo de tratamento ou ao tempo das sessões. No decorrer dos encontros, o analisando passa a trazer questões mais abrangentes. Fala dos variados tempos de sua vida, de seu tempo de criança, da adolescência, do tempo de escola ou da faculdade, do tempo que passa no trabalho, de suas dúvidas e preocupações com relação ao tempo que escorrega pelas mãos.

São falas que suplicam respostas capazes de delimitar, aprisionar, fixar o tempo em um ideal que seja capaz de aliviar suas angústias perante o desconhecimento que o transcurso do tempo causa. Diante destes ditos, o psicanalista direciona a sua escuta para o tempo do inconsciente, e, que tempo é este?

Freud, em suas proposições sobre o inconsciente, atribuiu algumas características a este, dentre elas, a atemporalidade. Para ele o tempo cronológico não existe na psique humana, apenas no biológico, sendo que neste estaríamos transitando em outros campos, como o da medicina, da biologia e até o da psicologia. Para a psicanálise, nossos afetos não estão regidos de acordo com o tempo do relógio ou do passar dos dias, mas sim de acordo com o aqui e agora de cada sujeito. Esta proposição contrapõe-se à idéia errônea que transita no senso comum de que a psicanálise trata de fatos passados, ou de profundezas, como se fossem coisas de um lugar distante, que o tempo tivesse levado embora, apagado ou enterrado.

Lacan, em sua releitura freudiana, nos ensina que o tempo do inconsciente se constitui a cada sujeito. É o tempo lógico presente no instante de ver, no tempo de compreender e no momento de concluir, não tendo nada a ver com o tempo da cronologia. Como para ele não importava o tempo do relógio, suas sessões duravam o tempo suficiente para cada sujeito a cada sessão, inclusive, tendo sido este um dos motivos que o levou a ser expulso da Associação Internacional de Psicanálise (IPA), pois não concordava em seguir um tempo pré-estabelecido para as sessões.

Assim, a partir da atemporalidade do inconsciente que aponta para o tempo lógico e não o cronológico, a escuta psicanalítica direciona-se para o tempo presentificado e constituinte da fala do sujeito. Quanto às questões iniciais, não há como delimitar tempo da sessão ou do tratamento, eis que se define a cada um.

A preocupação com a cronologia dos tempos da vida é algo a ser escutado para um além dos fatos, visto que cada sujeito se constitui de forma particular, sempre a partir de seus próprios tempos que são simultâneos tão quanto sucessivos. Tempo que assim como nos sonhos, não tem inicio meio e fim, mas sim uma convivência de ideias, pensamentos ou imagens, independente de ordem. A ordenação de fatos é algo almejado para aliar a angustia diante do caos daquilo que não se sabe, mas é escutando este algo que não se sabe, sem buscar respostas ordenadas quanto ao tempo, que a psicanálise consegue, a partir da escuta do tempo do sujeito, propor uma mudança.


Por Márcia Camargo Lacerda

Fraternos Abraços

A Cura Pela Fala


Sigmund Freud, após anos de estudos e atuação na área médica, resolveu dedicar-se à estudar a mente humana e seu funcionamento, exercendo prática sobre assuntos ainda não trabalhados ou pouco elucidados pela medicina até então.

Com um percurso ímpar, fundamentado após anos de escuta de seus pacientes, Freud percebeu que no discurso, na fala do sujeito, encontra-se o principal e necessário para tratar a angústia. A descoberta Freudiana, o Inconsciente, é o marco diferencial fundamental entre a Psicanálise e as psicologias.

O trabalho de Freud foi resgatado por Jaques Lacan, que propôs um retorno aos ensinamentos Freudianos. A partir deste retorno à Freud, Lacan avançou e aprofundou a Psicanálise em teoria e em repertório de atuação na clínica.

Distanciando-se de uma medicação da angústia ao silêncio, a Psicanálise dá voz à angústia, propõe seu trabalho no campo da fala, campo no qual o homem foi forjado e constituído, na palavra, na cultura.

​Inúmeros acontecimentos são impostos na vida de uma pessoa, porém o sujeito tem papel ativo em grande parte das situações que se coloca constantemente, é aquele que tem papel ativo na sua vida, e a Psicanálise vem para acordá-lo para seus próprios gostos, atitudes e decisões.

​O trabalho em Psicanálise ocorre através da associação livre, o sujeito deve falar livremente, discorrer sobre todo assunto que lhe vier à mente, sem censura. Cabe ao analista, com a escuta treinada, apontar e pontuar pequenos fragmentos que vão se destacando no decorrer do discurso.

​A análise visa transformação, provocar uma mudança no analisante, mudança perante ao que se queixa. Visa abandonar a repetição dos erros e das situações frustrantes as quais insiste em se colocar, e lançá-lo ao encontro de seu desejo, fazer valer a sua vida.