Com um percurso ímpar, fundamentado após anos de escuta de seus pacientes, Freud percebeu que no discurso, na fala do sujeito, encontra-se o principal e necessário para tratar a angústia. A descoberta Freudiana, o Inconsciente, é o marco diferencial fundamental entre a Psicanálise e as psicologias.
O trabalho de Freud foi resgatado por Jaques Lacan, que propôs um retorno aos ensinamentos Freudianos. A partir deste retorno à Freud, Lacan avançou e aprofundou a Psicanálise em teoria e em repertório de atuação na clínica.
Distanciando-se de uma medicação da angústia ao silêncio, a Psicanálise dá voz à angústia, propõe seu trabalho no campo da fala, campo no qual o homem foi forjado e constituído, na palavra, na cultura.
Inúmeros acontecimentos são impostos na vida de uma pessoa, porém o sujeito tem papel ativo em grande parte das situações que se coloca constantemente, é aquele que tem papel ativo na sua vida, e a Psicanálise vem para acordá-lo para seus próprios gostos, atitudes e decisões.
O trabalho em Psicanálise ocorre através da associação livre, o sujeito deve falar livremente, discorrer sobre todo assunto que lhe vier à mente, sem censura. Cabe ao analista, com a escuta treinada, apontar e pontuar pequenos fragmentos que vão se destacando no decorrer do discurso.
A análise visa transformação, provocar uma mudança no analisante, mudança perante ao que se queixa. Visa abandonar a repetição dos erros e das situações frustrantes as quais insiste em se colocar, e lançá-lo ao encontro de seu desejo, fazer valer a sua vida.
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